6 de agosto de 2011

O Neopentecostalismo, Renê Terranova e a parábola das pulgas.

Por Renato Vargens


Lamentavelmente parte dos pastores brasileiros tem fundamentado suas igrejas em pseudo-revelações ou modismos escalafobéticos. Nesta perspectiva, nos últimos 30 anos um número significativo de líderes cristãos abandonaram as Escrituras em detrimento a novos e audaciosos métodos de crescimento.

Um exemplo claro disso é o patriarca apostólico Rene Terranova, que volta e meia apresenta ao povo cristão revelações estranhas e esquisitas que em muito se opõem as Escrituras Sagradas.

Decretos espirituais, descobrimento do DNA da honra, autoritarismo no discipulado cristão, movimento dos 12, cristianismo judaizante, ênfase no maniqueísmo, dentre outras coisas mais, apontam claramente para um tipo de igreja que abandonou na lata do lixo verdades até então inquestionáveis a fé cristã.

Pois é, as doutrinas de Terranova me fizeram lembrar da história que ouvi sobre a conversa
de duas pulgas!

Conta-se que numa manhã de domingo duas conversavam animadamente quando uma comentou com a outra:

- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência, quando somos percebidas pelo cachorro, é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.

E elas contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:

- Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.

E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu. A primeira pulga explicou por quê:

- Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.

E um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos. Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha:

- Ué, vocês estão enormes! Fizeram plástica?

- Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.

- E por que é que estão com cara de famintas?

- Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você?

- Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.

Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer:

- Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma reengenharia?

- Quem disse que não? Pensei, sim! E fui conversar com a minha avó, que tinha a resposta na ponta da língua.

- E o quê ela disse?

- Não mude nada. Apenas sente no cocuruto do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança.

Pois é cara pálida, para bom entendedor meia palavra basta, não é verdade?

Soli Deo gloria!!

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